A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), através do Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS), informa que para fortalecer as medidas de prevenção à monkeypox, chamada de varíola do macaco, dessa forma protegendo ainda mais a população, cuja colaboração e consciência serão de vital importância, a vigilância epidemiológica da Semsa elaborou um Plano de Contenção para atender e monitorar os pacientes suspitos e para repassar informações à poulação comportamento e medidas de prevenção.
Segundo o Plano, o primeiro atendimento deve ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs): avaliação, aconselhamento e a assistência médica. Se o paciente for classificado como caso suspeito, a vigilância epidemiológica irá investigar e enviar para análise do Lacen as amostras dos exames.
A equipe de saúde da UBS perto da casa do paciente vai ficar responsável por monitorar e acompanhar a evolução do quadro clínico, além de assegurar que ele cumpra o isolamento domiciliar.
A taxa de letalidade da doença é de apenas 1%. Por isso, a internação hospitalar só ocorre com pacientes pertencentes a algum grupo de risco, com comorbidades, que apresente agravo dos sintomas, e moradores de rua para que possam cumprir o isolamento.
Atualmente, a Semsa está monitorando 5 casos suspeitos de varíola do macaco, sendo 3 mulheres e 2 homens, com a faixa etária de 18 a 36 anos. As amostras dos exames já foram enviadas para o Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), em Belém, onde seguem em análise para o resultado.
Dos 5 pacientes, 3 procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h, um buscou ajuda na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima da sua residência e o último caso foi identificado no Hospital Regional, um paciente que faz tratamento no local, mas natural de outra cidade. Todos estão em isolamento domiciliar e apresentam quadro estável.
Casos suspeitos
O indivíduo, de qualquer idade, que apresentar erupção cutânea aguda, “bolhas”, em qualquer parte do corpo (incluindo a região genital), associada ou não a febre.
Apresentar um ou mais dos seguintes vínculos epidemiológicos:
- Ter tido contato com casos confirmados ou suspeito de monkeypox;
- Histórico de viagem ou contato com pessoas que tenham viajado para fora do município de Santarém.
- Relação íntima com desconhecido/a(s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.
Varíola do macaco
A varíola do macaco é uma doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana, no entanto, esse segundo gênero já foi erradicado do mundo em 1980, e era muito mais letal.
O vírus recebeu essa nomeclatura por ter sido encontrado pela primeira vez nos anos de 1950 em macacos de laboratório, mas esses animais não são apontados como o causa da doença.
É importante frisar que os macacos são tão vítimas quanto os humanos. Os principais hospedeiros desse vírus na natureza são roedores.
É uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida de animais (roedores e primatas) para humanos. Mas também pode se propagar entre as pessoas.
Sintomas
Os sintomas mais frequentes são: febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas, duram entre duas e quatro semanas.
Transmissão
A varíola do macaco é transmitida de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Ou por contato com objetos recentemente contaminados por fluidos do paciente, ou material da lesão (como roupas e lençóis). Há suspeita de que a relação sexual possa ser uma via de transmissão.
Tratamento
Não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da monkeypox. A recomendação atual é que o tratamento da doença seja baseado em medidas de suporte visando aliviar sintomas e prevenir as sequelas. É importante cuidar da erupção deixando-a secar ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Deve-se orientar o paciente a evitar tocar nas feridas, na boca e nos olhos.
Prevenção
Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes para evitar a exposição ao vírus, além de evitar contato com pessoas infectadas e usar objetos de
pessoas contaminadas e com lesões na pele. Usar máscaras, protegendo contra gotículas e saliva entre os casos confirmados e contactantes.