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Semsa recebe resultado dos exames do vírus monkeypox

Katrine Bentes
Publicado em - Atualizado
Dos 5 exames enviados, 1 foi positivado, 2 negativados e os demais seguem em análise.

A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), através do Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS), informa que recebeu o resultado dos exames do vírus monkeypox, conhecido como varíola dos macacos, analisados pelo Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), de Belém, na tarde ontem, 17. Dos 5 exames enviados, 1 foi positivado, 2 negativados e os demais seguem em análise.

Atualmente, a Semsa  aguarda análise dos resultados e em conjunto com a Sespa monitora 7 casos suspeitos, além do positivado. Todos estão em isolamento domiciliar e apresentam quadro estável da doença.

Para fortalecer as medidas de prevenção e contenção do vírus, a vigilância epidemiológica trabalha em cima do Plano de Contenção Municipal para atender e monitorar os pacientes suspeitos e para repassar informações à população sobre o comportamento e medidas de prevenção.

A Semsa ressalta como deve ocorrer o fluxo de atendimento dos casos suspeitos da monkeypox: 

 As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) fazem o primeiro atendimento (avaliação, aconselhamento e a assistência médica). Se o paciente for classificado como caso suspeito, a vigilância epidemiológica irá investigar e enviar para análise do Lacen as amostras dos exames. Nos finais de semana e feriados o paciente deve se dirigir às Unidades 24h: Santarenzinho e Nova República. Em último caso procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 H. 

A equipe de saúde da UBS perto da casa do paciente vai ficar responsável por monitorar e acompanhar a evolução do quadro clínico, além de assegurar que ele cumpra o isolamento domiciliar.

A taxa de letalidade da doença é de apenas 1%. Por isso, a internação hospitalar só ocorre com pacientes pertencentes a algum grupo de risco, com comorbidades, que apresente agravo dos sintomas, e moradores de rua para poderem cumprir o isolamento.

A  enfermeira da Epidemiologia do Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde da Semsa, Rejane Oliveira, enfatiza a importância da população procurar a atenção básica e, de imediato, se isolar caso suspeite estar com a doença.

 "As pessoas que suspeitam estar com vírus precisam buscar ajuda médica na UBS mais próxima da sua casa. O isolamento deve ser feito de imediato para evitar a contaminação. Os familiares precisam tomar muito cuidado também.  A UBS vai notificar o paciente e dar um atestado para que ele cumpra o isolamento de forma segura. A quarentena tem o prazo mínimo de 14 dias, após esse período a equipe de saúde vai avaliar o paciente, ele só será liberado quando todas as lesões da pele tenham desaparecido", pontua a enfermeira. 

A enfermeira explica ainda que não há um prazo para a entrega dos exames enviados para o Lacen. "Ainda não temos um tempo previsto do Lacen e do IEC para liberação dos resultados. Por ser um vírus novo, os laboratórios ainda estão demorando para entregar os resultados. Além disso, é enviado para análise mais (três) amostras para doenças que os sintomas se assemelham a varíola dos macacos".

Casos suspeitos 

O indivíduo, de qualquer idade, que apresentar erupção cutânea aguda, “bolhas”, em qualquer parte do corpo (incluindo a região genital), associada ou não a febre.

Apresentar um ou mais dos seguintes vínculos epidemiológicos: 

- Ter tido contato com casos confirmados ou suspeito de monkeypox; 

- Histórico de viagem ou contato com pessoas que tenham viajado para fora do município de Santarém. 

- Relação íntima com desconhecido/a(s) e/ou parceiro/a(s) causal(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

Varíola do macaco 

A varíola do macaco é uma doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana, no entanto, esse segundo gênero já foi erradicado do mundo em 1980, e era muito mais letal.  

O vírus recebeu essa nomenclatura por ser encontrado pela primeira vez nos anos de 1950 em macacos de laboratório, mas esses animais não são apontados como a causa da doença.

É importante frisar que os macacos são tão vítimas quanto os humanos. Os principais hospedeiros desse vírus na natureza são roedores. 

É uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida de animais (roedores e primatas) para humanos. Mas também pode se propagar entre as pessoas.

Sintomas 

Os sintomas mais frequentes são: febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas, duram entre duas e quatro semanas.

Transmissão 

A varíola do macaco é transmitida de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Ou por contato com objetos recentemente contaminados por fluidos do paciente, ou material da lesão (como roupas e lençóis). Há suspeita de que a relação sexual possa ser uma via de transmissão.

Tratamento

 Não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da monkeypox. A recomendação atual é que o tratamento da doença seja baseado em medidas de suporte visando aliviar sintomas e prevenir sequelas. É importante cuidar da erupção deixando-a secar ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Deve-se orientar o paciente a evitar tocar nas feridas, na boca e nos olhos.

Prevenção

 Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes para evitar a exposição ao vírus, além de evitar contato com pessoas infectadas e usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele. Usar máscaras, protegendo contra gotículas de saliva entre os casos confirmados e contactantes.

 

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