A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), esclarece aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) como é feito o acesso à vacina pneumocócica no município. Diferente das vacinas de aplicação direta, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), este imunizante segue um fluxo especial de solicitação.
Segundo a responsável técnica pela Rede de Frio da Semsa, enfermeira Kátia Moura, a vacina não pode ser encontrada de forma imediata nas UBS, pois é destinada a um público específico.
“A vacina pneumocócica é voltada para pacientes com condições de saúde específicas, mediante prescrição médica. Para ter acesso, é necessário que a patologia esteja elencada no manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). O pedido é feito via ofício encaminhado à Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), com justificativa clínica e exames comprobatórios que confirmem a necessidade do imunizante”, explicou.
De acordo com a enfermeira, após o envio da solicitação, o Estado leva em média 20 dias para analisar e encaminhar a vacina ao município. Assim que o imunizante chega, ele é direcionado à UBS do bairro onde o paciente reside, garantindo o atendimento de forma organizada e segura.
Kátia Moura esclarece ainda que existem três tipos de vacina para tratamento contra pneumonia na rede pública de saúde.
"A Pneumo 10 é receitada para crianças e está na lista dos imunizantes de rotina. A Pneumo 13 e a Pneumo 23, que são as especiais, são administradas conforme a patologia do paciente e prescrição médica", disse.
A vacina pneumocócica é considerada altamente eficaz, com taxas de proteção que variam entre 70% e 90% contra doenças graves causadas por diferentes tipos de pneumococos. Ela protege contra infecções provocadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, também conhecida como pneumococo. Essas infecções podem variar desde otites (infecções de ouvido) e pneumonias até meningites e infecções generalizadas, que podem ser graves e até fatais, especialmente em crianças e idosos.
A eficácia do imunizante pode variar conforme o tipo de vacina — conjugada ou polissacarídica —, a quantidade de sorotipos cobertos (valência), além do grupo etário e da prevalência das cepas na região.
A Semsa reforça que o processo especial de solicitação é fundamental para assegurar que a vacina chegue aos pacientes que realmente necessitam, seguindo os critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.