Em 2024, o Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS) se consolidou como um pilar na proteção e promoção da saúde pública em Santarém, realizando 816.783 atendimentos, ações e serviços ao longo do ano. Localizado na Avenida Moaçara, nº 735, no bairro Floresta, o órgão, gerido pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), atuou em quatro frentes essenciais: vigilância epidemiológica, sanitária, animal e ambiental.
Entre os principais resultados do ano, o NTVS vacinou 37.457 animais contra a raiva, realizou 332.234 visitas domiciliares por meio dos agentes de endemias, analisou 435 amostras de água e castrou 600 animais. Além disso, o órgão realizou 2.039 fiscalizações sanitárias, capacitou 1.516 pessoas em 458 turmas de manipulação de alimentos e distribuiu 440.131 doses de imunobiológicos às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), garantindo a cobertura vacinal no município.
O coordenador do NTVS, Marcelino Xavier, destacou o comprometimento das equipes em garantir a saúde e segurança à população santarena.
“As ações de vigilância em saúde são resultado do esforço conjunto e dedicado de nossas equipes, que trabalham diariamente para proteger e promover a saúde pública. Estou muito satisfeito com a quantidade de ações e serviços realizados. Esses números não apenas demonstram a eficiência da nossa gestão, mas, também, reafirmam o compromisso de Santarém com um SUS ativo e transformador. Estamos consolidando um modelo de vigilância que cuida de cada cidadão e valoriza a saúde como um direito fundamental".
Vigilância animal
A Divisão Especializada de Controle de Zoonoses (DECZ) e a Divisão de Vigilância Animal, conforme estabelecido pela Lei 21.873 de 29/12/2022, têm como principais atribuições desenvolver e executar ações voltadas à saúde pública relacionadas aos animais, com foco na prevenção e controle de zoonoses, que são doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos.
De janeiro a 10 de dezembro deste ano, 37.457 animais foram vacinados contra a raiva, reforçando o compromisso com a prevenção dessa importante zoonose. Durante o mesmo período, foram realizadas 144 capturas de animais soltos em vias públicas e 85 resgates de animais em situação de risco.
Além disso, as ações de adoção resultaram na doação de 222 animais, entre cães e gatos, promovendo a posse responsável e o bem-estar animal. Também foram castrados 600 animais, contribuindo para o controle populacional, enquanto os Agentes de Combate a Endemias (ACE's) realizaram 332.234 visitas domiciliares, intensificando as ações de prevenção e controle de vetores.
Vigilância Ambiental
A Vigilância em Saúde Ambiental atua para identificar, monitorar e reduzir riscos ambientais que impactam a saúde humana. As ações incluem o monitoramento da qualidade da água, prevenção de doenças relacionadas aos recursos hídricos, controle da poluição atmosférica e gestão de desastres naturais e emergências químicas.
Entre janeiro e novembro de 2024, 435 amostras de água para consumo humano foram analisadas, garantindo o cumprimento dos padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente (Portaria nº 888/2021).
Por meio do Programa VIGIAR, a Vigilância Ambiental busca reduzir os impactos à saúde causados pela poluição atmosférica, com ações como o mapeamento de áreas com maior concentração de poluentes, identificação de focos de calor e monitoramento dos agravos em populações expostas. Desde 2001, o programa, também, promove a criação de Unidades Sentinelas, reforçando o monitoramento e a prevenção de riscos ambientais à saúde.
Vigilância Sanitária
Focada na segurança da população, a Vigilância Sanitária tem como principal objetivo prevenir doenças, evitar intoxicações e garantir a qualidade de produtos e serviços oferecidos no município. De janeiro a novembro de 2024, a equipe realizou 58 palestras sobre manipulação de alimentos, capacitando diretamente 1.516 profissionais do setor alimentício, em uma ação educativa voltada para a saúde pública e a segurança alimentar.
Além das ações educativas, a Vigilância Sanitária intensificou as fiscalizações. Nesse período, foram realizadas 2.039 inspeções, resultando em 315 notificações e na interdição de quatro estabelecimentos que apresentaram irregularidades graves. Essas medidas reforçam o compromisso do órgão em proteger o consumidor e assegurar o cumprimento das normas sanitárias.
Em dezembro, a Vigilância deu início à operação Boas Festas, uma iniciativa que visa fiscalizar e orientar mercados, feiras, supermercados, padarias, restaurantes, churrascarias e açougues. O foco da operação é garantir que os produtos comercializados estejam em boas condições de consumo, promovendo segurança alimentar para a população durante as celebrações de fim de ano.
Vigilância Epidemiológica
A Vigilância Epidemiológica, regulamentada pela Lei nº 8.080/90, desempenha um papel fundamental na proteção da saúde pública, reunindo ações destinadas a identificar, monitorar e prevenir fatores que impactam o bem-estar individual e coletivo. O objetivo central é propor e implementar medidas eficazes para prevenir e controlar doenças, preservando a qualidade de vida da população.
Nesse contexto, destacam-se as 472 investigações epidemiológicas realizadas em casos suspeitos e confirmados de doenças de notificação compulsória. Além disso, o setor coordena a distribuição de vacinas para as Unidades Básicas de Saúde (UBS's), utilizando a rede de frio para garantir a qualidade e eficiência desse processo, com 440.131 doses de imunobiológicos enviados às UBS's até novembro de 2024, assegurando a cobertura vacinal.
Complementando essas ações, foram realizadas 1.448 análises relacionadas a arboviroses, além de exames para outras doenças de notificação obrigatória, com envio de amostras ao laboratório do NTVS, ao Laboratório Central de Saúde Pública do Pará (LACEN) e ao Laboratório de Biologia Molecular (LABIMOL) da Ufopa para diagnóstico, incluindo 179 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana, 103 de Leishmaniose Visceral Humana, 49 de Leptospirose e 929 de Malária.
Por fim, a Vigilância Epidemiológica acompanha indicadores estratégicos, como taxas de mortalidade e natalidade, que orientam decisões cruciais para a gestão da saúde pública.