O ‘Melhor em Casa’, programa federal do Ministério da Saúde, atua em Santarém há três anos, e desde entao já atendeu cerca de 250 pessoas. Implantado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), é um serviço domiciliar que atende pacientes de alta complexidade de forma especializada e humanizada, visando evitar internações, desafogar os leitos dos hospitais e diminuir o risco de infecções. Atualmente, possui 25 usuários cadastrados recebendo acompanhamento. Santarém é a única cidade do Baixo Amazonas que atua com o serviço.
O programa possui uma equipe multidisciplinar composta por um enfermeiro, um médico, uma fisioterapeuta, três técnicas de enfermagem, um motorista, um terapeuta ocupacional e uma nutricionista. O público-alvo são pacientes graves, por exemplo, com câncer em fase terminal; em estado vegetativo; paciente com algum tipo de dispositivo como sondas, com traqueostomia; ou com feridas de 1°, 2° ou 3°grau. As visitas ocorrem semanalmente, dependendo do estado clínico do paciente. Nesse semestre, o programa está atuando na grande área dos bairros Santarenzinho e Nova República.
A filha da dona Cátia Suely Silva foi vítima de um grave acidente que a deixou dependente de cuidados médicos e o programa Melhor em Casa se tornou um grande aliado no tratamento. "A minha filha foi atropelada e bateu o bulbo, parte final do cérebro responsável pelos movimentos e pela fala. Quando aconteceu a tragédia ela tinha apenas 5 anos, ficou 8 meses internada. Não foi e não é fácil, mas com o auxílio da equipe do Melhor em Casa a Camila tem avançado muito. A equipe é muito prestativa e atenciosa, quando preciso eles sempre estão prontos para ajudar. Qualquer hora que eu mando mensagem o enfermeiro me responde. Além disso, a cada seis meses a Camila ganha material hospitalar como frauda, gases, soro fisiológico, seringa, sonda e equipo. Então, sou muito grata a equipe do melhor em casa. Eles são uma benção!”
Gilberto Dias, enfermeiro e coordenador do programa Melhor em Casa em Santarém, relata o fluxo de atendimento do programa. “Os pacientes são encaminhados pelas Unidade Básicas de Saúde, pela Unidade de Pronto Atendimento, pelos Hospitais Municipal e Regional. Funciona assim, caso o usuário não possa ir numa unidade de saúde, a UBS ou os ACS nos encaminham, para que esse paciente receba o atendimento domiciliar, evitando uma infecção. Fazemos também a desospitalização, quando o paciente que estava internado tem uma evolução no quadro clínico, mas ainda precisa de um acompanhamento para sua plena recuperação. Então, o principal objetivo do programa são as desospitalizações feitas nos hospitais, como uma forma de desafogar os mesmos e gerar rotatividade dos leitos. "