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Infectologista do HMS alerta para aumento de acidentes com animais peçonhentos Autor: Ândria Almeida - Ascom HMS

Infectologista do HMS alerta para aumento de acidentes com animais peçonhentos

Ândria Almeida
Publicado em - Atualizado
Casos com escorpiões quase dobram e surgem registros inéditos, com arraias e aranhas no primeiro trimestre de 2025.

O período chuvoso na região Oeste do Pará tem contribuído para o aumento de acidentes com animais peçonhentos em Santarém. No primeiro trimestre de 2025, o Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) registrou 148 atendimentos — uma alta de 45% em relação ao mesmo período de 2024. Os maiores aumentos foram observados nos acidentes com escorpiões, que quase dobraram — de 29 para 53 —, e com arraias, que passaram de zero para 17 ocorrências.

Em 2024, os 102 atendimentos registrados no HMS envolveram majoritariamente cobras (73) e escorpiões (29), sem registros de acidentes com arraias, aranhas ou outros animais peçonhentos.

Já em 2025, embora os acidentes ofídicos tenham caído para 60 casos (redução de 18%), os escorpiões passaram a representar o grupo mais recorrente, e novos registros com aranhas (9 casos), também, chamaram atenção. Esses dados indicam não apenas um aumento no volume total de atendimentos, mas, também, uma maior diversidade de animais causadores de acidentes.

Acidentes com animais peçonhentos têm alta de 45%.

Segundo o infectologista Alisson Brandão, que atende no HMS, o cenário reforça a necessidade de medidas preventivas.

“É nesse período que as pessoas devem redobrar os cuidados, principalmente em áreas de mata, beira de rios e quintais. Usar calçados fechados, manter o terreno limpo, evitar acúmulo de entulho e ficar atento ao manusear lenha ou objetos no chão são atitudes simples que ajudam a evitar acidentes”, orienta.

O especialista, também, alerta para a importância do atendimento imediato.

“Nem sempre os sintomas aparecem logo no início, mas o veneno pode estar agindo no organismo. É fundamental procurar o hospital, rapidamente, e evitar práticas perigosas como garrotes, cortes na pele ou tentativa de sugar o veneno — atitudes que, além de ineficazes, podem piorar o quadro clínico”, explica.

Vivaldo Branches, morador do Planalto São José, foi picado por um escorpião ao abrir a janela de sua casa.

"Ele picou na minha mão, senti muita dor e ardência, vim direto para o hospital e já tomei o soro", relatou. Após o incidente, ele recebeu o tratamento adequado no hospital municipal.

Outro paciente, vítima de acidente com peçonhento atendido no HMS, foi Armilso Pereira Guimarães, 18 anos, morador da comunidade Mariazinha. Ele sofreu um acidente com uma surucucu enquanto caçava.

"Quando percebi, ela já mordendo no pé, conseguimos mata-la e viemos direto para o hospital. Chegamos aqui através do resgate aéreo. Estou tomando o soro".

 

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