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HMS alerta para cuidados com picada de escorpião Autor: Natashia Santana

HMS alerta para cuidados com picada de escorpião

Natashia Santana
Publicado em - Atualizado
15 casos de acidente escorpiônico foram registrados desde o dia 1° de janeiro deste ano.

Eliara Bendelack foi picada por um escorpião preto em uma frutaria do bairro Santa Clara nesta terça-feira (24). Ela chegou ao Pronto Socorro Municipal de Santarém (PSM) com dor e leves espasmos em um dos dedos da mão direita. O fluxo para acidentes com animais peçonhentos foi realizado de imediato com a aplicação do soro antiescorpiônico. O HMS é referência no Oeste do Pará nesse modelo de acolhimento.

A paciente conta que foi comprar uma palma de banana para a mãe no bairro onde moram, e ao escolher e segurar o fruto sentiu uma picada. De acordo com ela, não imaginou que era um escorpião.

“Eu falei para o dono da venda que estava atendendo que eu tinha sentido um choque no dedo, doeu bastante, eu achei que era uma abelha. Eu descobri o que de fato era quando uma banana soltou da palma, o escorpião caiu em cima do balcão. Eu tomei um susto enorme”, relata.

Após o acidente escorpiônico, ela se dirigiu ao PSM com o Arachnida morto em um recipiente. A equipe multiprofissional, que já é treinada para esse tipo de atendimento, aplicou o soro e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HMS (NVEH) fez a notificação.

“Graças a Deus eu fui atendida em 10 minutos. Então, acredito que isso fez toda diferença para eu não ter piora no quadro. O atendimento foi maravilhoso, o infectologista pediu alguns exames e o meu dedo não demonstra sinais de inflamação”, enfatizou Eliara, que já recebeu alta médica.

Segundo o infectologista do HMS, Dr. João Assy, existem centenas de espécies de escorpiões e nem todas causam problema grave de saúde, no entanto, ele alerta que quando alguém for picado que se dirija ao Hospital.

“Na nossa região, a espécie que causa um problema maior de saúde é do tipo preto da Amazônia. Então é feito uma análise para aplicar o soro e evitar complicações e até a morte”, explica.

O especialista alerta ainda para precauções no dia-a-dia com objetivo de evitar o acidente.

“Essas espécies de animal gostam de entulho, madeira, nesse caso, muito cuidado ao limpar a casa ou o quintal, ele pode grudar na roupa, entrar no sapato e ficar em meio a objetos, frutas. A época mais comum é no verão, porém nesse período não são descartados casos”, orienta.

Dados de atendimento

O HMS é referência no Oeste do Pará nesse modelo de acolhimento e tem o NVEH, que é credenciado e reconhecido pelo Ministério da Saúde para fazer a identificação, notificação e manejo dos acidentes com animais peçonhentos, que inclui os acidentes com escorpiões.

Em 2022, o Hospital recebeu 271 pacientes após picada de escorpião e em 2021 foram 196 atendimentos. Neste mês, até o momento, a equipe assistencial já acolheu 15 pessoas, incluindo o caso na área urbana, no bairro Santa Clara. Em geral, as notificações ocorrem no planalto santareno e em outras áreas da zona rural de Santarém. 

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