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Estabilização do PSM atua salvando vidas; médicos pedem prudência em período de festas comemorativas Autor: Ascom ISMS

Estabilização do PSM atua salvando vidas; médicos pedem prudência em período de festas comemorativas

Natashia Santana
Publicado em - Atualizado
Segundo um levantamento do setor de estabilização do HMS, o número de atendimentos aumentou consideravelmente nos últimos cinco meses.

O setor de estabilização do Pronto Socorro Municipal de Santarém (PSM), atua 24h na assistência aos pacientes com quadro crítico/grave, ou seja, aqueles que se encontram em risco iminente de morte. De acordo com um levantamento realizado pelo setor, nos últimos cinco meses, o número de atendimento somou 306 pacientes. Diante disso, a equipe médica faz um alerta para os cuidados preventivos, principalmente quanto à imprudência no trânsito nesse período festivo de final de ano.

A atuação no setor é contínua e a equipe tem percebido um número crescente na assistência à pessoas com quadro grave. No mês de julho, o setor admitiu 57 pacientes; em agosto subiu para 73; no mês de setembro, o número foi ainda maior, chegando a 83 pessoas com quadro grave; em outubro, foram 93 pessoas em tratamento crítico, somando um total de 306 pacientes. Os dados demonstram uma média de 3 pacientes graves dando entrada no setor diariamente, o que é considerada uma rotatividade alta e preocupante, de acordo com a equipe médica do setor.

Dra. Gláucia D'Andretta, médica emergencista da estabilização do PSM, explica que o setor é fechado e que recebe pacientes graves de Santarém e região Oeste do Pará.

“Chegam pessoas que vêm até o Hospital já com quadro delicado, recebemos também os internados que evoluem com complicações e transferências de outras cidades ou da UPA, além dos que chegam pelo SAMU ou Corpo de Bombeiros. Percebemos o aumento no número de casos de trauma por trânsito, trauma por briga, ferimento de arma branca, arma de fogo. Muito embora seja comum darem entrada pessoas com complicações de doenças crônicas”, enfatiza.

Para o enfermeiro da estabilização, Wallace Reis, que atua no setor há 9 meses, o fluxo e a rotatividade de pacientes é grande, e muitos casos poderiam ser evitados. “A gente faz uma chamada de atenção nesses período de festas, de comemorações, que não exagere no álcool, que sejam mais prudentes no trânsito. De dois meses pra cá, a gente tem recebido muitos traumas e esfaqueamentos. A gente está aqui procurando dar o nosso melhor para todos que precisam, mas é importante ter atenção a prevenção a vida”, destacou.

A sala tem 7 leitos e mais um extra, com uma equipe que inclui médicos emergencistas, residentes médicos, equipe de enfermagem, fisioterapeutas, além da visita dos médicos especialistas para avaliar, em conjunto, os casos. De acordo com a Dra Glaucia, que já atuou em hospitais de outros estados, a estabilização do PSM, em geral, é o primeiro lugar onde qualquer pessoa em situação grave vai ser levado e cuidado. "Eu vou falar uma avaliação particular minha que já atuei em alguns hospitais de outros estados, aqui, nós vemos comprometimento, unidade, ensino, uma coordenação médica preocupada em estarmos atentos a tudo, em sanar as necessidades. Eu gosto muito de trabalhar nesse serviço e ver muitas vidas sendo salvas, porque esse é o nosso objetivo", frisou.

Além dos traumas, a médica ressalta para situações evitáveis que diz respeito a precaução com doenças crônicas, para ela, muitos pacientes que chegam com complicações clínicas de uma patologia que ele já tem de base (como a diabetes, hipertensão, doenças sexualmente transmissíveis) ocorre por falta de acompanhamento clínico ou negligências ao uso dos medicamentos.

“Essa falta de atenção à saúde tem consequências, isso que a população deve ficar muito ciente, porque existem as redes secundárias como UBS, ambulatório, que dão assistência médica. Além do fato de atender as orientações do profissional da saúde”, detalha. 

Para que o atendimento seja exitoso, os profissionais são reciclados constantemente. “Sabemos que somente o Hospital Municipal de Santarém é porta aberta para urgência e emergência e que seja quem for a pessoa, com maior nível de recurso ou não, se ela estiver com risco de morte ou um trauma grave, ela vai ser levada para a nossa estabilização. Por isso, a gente tem um olhar especial para esse setor. Nossa equipe tem cada vez mais se especializado na área”, finaliza Glaucia. 

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