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Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias são capacitados sobre o controle de zoonoses Autor: Agência Santarém

Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias são capacitados sobre o controle de zoonoses

Katrine Bentes
Publicado em - Atualizado
Objetivo é prevenir os casos de leptospirose e conter a proliferação do caramujo africano em Santarém.

Com o período chuvoso, as zoonoses (doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas), como leptospirose e a proliferação do caramujo africano tendem a aumentar. Visando impedir esse cenário, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizou nos dias 30 e 31 de março, no auditório do Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS), capacitações para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS's) e Agente de Combate às Endemias (ACE's). Em média, 180 pessoas participaram. 

As qualificações buscam certificar, apoiar e preparar, de forma contínua, os profissionais que participam do diagnóstico e do controle das zoonoses no município. A coordenadora da Divisão Especializada de Controle de Zoonose (DECZ) da Semsa, Rose Grace Brito, ressalta a importância do evento.

“Essas qualificações são essenciais para que possamos conter essas zoonoses. Nosso compromisso é assegurar que a população tenha acesso a assistência ágil e qualificada e, para isso,  estamos investindo na capacitação dos profissionais".

Capacitação aos Agentes Comunitários de Saúde.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril causada por uma bactéria do gênero Leptospira. A transmissão ocorre quando a pele, com ou sem lesão, entra em contato com a água contaminada pela bactéria presente na urina dos ratos.

Em 2022, o DECZ notificou 95 casos da doença no município de Santarém, 06 confirmados, 05 inconclusivos e 84 descartados. Esse ano, 09 casos foram notificados, 03 confirmados, 05 descartados, 01 inconclusivo e 02 óbitos do sexo masculino.

Informações repassadas aos Agentes de Combate às Endemias.

As principais orientações de prevenção são

• Evitar o contato com água de enchentes ou lama.

• Realizar a limpeza de ambientes da casa eventualmente atingidos por inundações.

• Afastar os roedores das residências; não jogar lixo e entulho nos córregos, bueiros ou ruas.

• Manter alimentos guardados em recipientes bem fechados e em locais elevados.

• Não descartar restos de alimentos no quintal ou terrenos baldios.

• Armazenar o lixo em recipientes bem fechados e colocar pouco antes dos coletores passarem, “ele é a principal fonte de alimento para os ratos”.

• Manter limpos quintais, terrenos, ruas e margens de córregos, eliminando entulhos, materiais de construção ou objetos sem uso que servem de abrigo aos ratos.

• Fechar buracos entre telhas, paredes e rodapés.

Caramujos africanos

Outra problema que tende a aumentar no período chuvoso é a proliferação do caramujo africano. Esse molusco dispensa um muco que pode transmitir vermes que causam doenças infecciosas, como a meningite (Angiostrongilíase Meningoencefálica) e a perfuração intestinal (Angiostrongilíase Abdominal) . Além disso, quando as conchas não são descartadas da maneira correta servem de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor de três arboviroses: dengue, Chikungunya e zika vírus. 

O caramujo africano não deve ser confundido com as espécies nativas. Além da eliminação dos moluscos brasileiros serem considerados crime ambiental, pode causar desequilíbrio biológico. A concha do caramujo africano é mais alongada e pontiaguda, tendo uma coloração mais escura. 

Orientações sobre o caramujo africano.

Orientações quanto a manejo, controle e descarte apropriados

1. Para realizar a catação, as mãos devem estar protegidas com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato com o animal.

2. Quebre as conchas para evitar criadouro do mosquito Aedes aegypti.

3. Recolher, também, os ovos, que ficam semienterrados e proceder da mesma forma usada para os animais coletados.

4. Coloque o molusco em um balde contendo uma das misturas a seguir: 1 litro de água sanitária para 3 litros de água ou 1 quilo de cal ou sal grosso juntamente com 6 litros de água. Deixe os caramujos imersos por um período de 24h para garantir sua morte.

5. Retire a água e descarte os caramujos no lixo com as conchas quebradas (utilizando um martelo ou pisando com calçado adequado). Coloque para a coleta de lixo comum em dois sacos plásticos.

6. Retire as luvas e lave bem as mãos. Não jogue os animais vivos no lixo.

7. Salinização dos moluscos: Método de controle por coleta se baseia em recolher os moluscos e ovos com o auxílio de luvas, colocá-los em sacos pretos juntamente com sal grosso (desidratá-los), amarrar o saco e enterrar, porém longe dos lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos em valas com profundidade de 80 cm a 1,5 m revestidas por uma camada de cal virgem, que possui a função de impermeabilizar o solo e evitar que outros animais sejam atraídos. 

8. Jogar água fervente e incinerar também são opções, mas estes procedimentos devem ser realizados com segurança. 

Recomendações

• Não consumir moluscos crus ou malcozidos.

• Não use veneno, pois pode contaminar o solo, subsolo e lençóis freáticos.

• Mantenha limpo seu quintal, evite entulhos de construções, ou outros resíduos, pois são locais de proliferação do caramujo.

• Crianças menores de 12 anos devem evitar contato com os caramujos.

•Após coletado o caramujo de forma correta, este poderá ser depositado junto ao lixo comum.

 

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