A execução de obras de mobilidade que envolvem pavimentação, terraplenagem e até mesmo a implantação de drenagem depende de condições climáticas ideais para que o resultado seja entregue com qualidade. E por conta das particularidades desta época do ano na Amazônia e a grande intensidade de chuvas, por um grande período de tempo, as etapas anteriores à aplicação de massa asfáltica como a terraplanagem e drenagem necessitam de tempo firme para a execução dos serviços.
"Nós temos uma equipe de engenheiros qualificados e especializados em todos os serviços que são de nossa competência. Prezamos pela qualidade dos nossos serviços, das nossas obras, e por isso não colocamos em risco a qualidade dos nossos serviços. Por isso resolvemos elencar aqui nessa matéria, alguns tópicos, para que todos entendam que muitas vezes, não é possível realizar determinado serviço em tempo de chuva, ou com o solo encharcado", pontuou o engenheiro Daniel Simões, secretário municipal de Infraestrutura.
Drenagem
No caso das obras de drenagem, o solo fica encharcado (saturado), impossibilitando a colocação do aterro (ou reaterro), bem como os serviços primordiais como o de compactação, uma vez que as máquinas que realizam os serviços não deixam o solo uniforme para que serviços posteriores possam ser realizados.
No caso dos assentamentos de manilhas, devido o fluxo de água das chuvas, não é possível fazer o rejuntamento dos tubos utilizados na composição do sistema de drenagem profunda, levando em conta que para que eles possam ter funcionamento ideal, é necessário que seja realizada a ligação entre os tubos, sem contar o tempo de cura (secagem) da massa que une as manilhas.
"Nós sempre buscamos trabalhar de forma intensificada, aproveitando o máximo dos dias onde o sol aparece com mais frequência, isso contando os fins de semana e até mesmo feriados. Nossa missão é melhorar a trafegabilidade por meio das obras finalizadas", ressaltou Patrick de Lima, engenheiro da Seminfra.
Terraplenagem
O mesmo acontece com os serviços de terraplenagem e adequação de vias que ainda não receberam a malha asfáltica. Devido o grande volume de água, o solo fica encharcado, inviabilizando os serviços, uma vez que as máquinas pesadas, trabalhando nessas condições de solo, acabam trazendo mais transtornos às pessoas.
"Nós sempre optamos por trabalhar em um solo que está seco, porque dessa forma é possível executar todos os serviços necessários para poder fazer a terraplenagem do local. Se nós entrássemos com as equipes em um solo encharcado, em vez de melhorarmos a via, deixaríamos ainda mais intrafegável", salientou Lucas Queiroz, engenheiro da Seminfra.
Recapeamento e tapa-buraco
Em meio as fortes chuvas deste período do ano, combinado com o alto fluxo de veículos nas principais vias da cidade, os buracos começam a se formar. Há dois fatores que contribuem para a formação de buracos no asfalto. Primeiro é a água acumulada no asfalto, que entra na camada abaixo da primeira, o que afunda a camada mais profunda. O segundo fator é a própria movimentação dos carros e, principalmente, veículos pesados na pista. A junção dos dois fatores faz com que o solo liquefeito comece a sofrer corrosão em pontos específicos, formando assim os buracos.
O serviço de recuperação asfáltica fica impossibilitado de ser feito em tempos chuvosos ou com o solo encharcado, uma vez que o revestimento asfáltico é um pavimento flexível, ou seja, se a base não for bem executada, não estiver seca e sofrer movimentação, o pavimento que não é rígido vai se movimentar também.
"Nós temos muito serviço a ser feito. Porém, temos sempre que levar em consideração que para executarmos os serviços é necessário que o clima esteja favorável aos trabalhos. Não podemos aplicar um asfalto onde a base exposta esteja saturada pela água. Ainda há outros casos, por exemplo: água servida na via e este já acrescentado pelo fluxo intenso de veículos e algumas vezes pesados, isso possibilita, ainda mais, a abertura de novos buracos no pavimento asfáltico", destacou Elvis Portela, engenheiro da Seminfra.