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Prefeitura promove Encontro de Formação em Educação Patrimonial com foco na valorização da história e memória de Santarém Autor: Caio Lobato/ CCOM

Prefeitura promove Encontro de Formação em Educação Patrimonial com foco na valorização da história e memória de Santarém

Weldon Luciano
Publicado em - Atualizado
evento reuniu especialistas e lideranças indígenas para discutir políticas públicas e preservação do patrimônio cultural

A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), realizou nesta quarta-feira (8) a segunda edição do Encontro de Formação de Educação Patrimonial, na Biblioteca Municipal Paulo Rodrigues dos Santos, localizada no Complexo da Casa da Cultura.

O evento contou com a presença do professor Dr. Luiz Laurindo, do curso de História da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), e de Graça Tapajós, representante do Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA), que compartilharam experiências e reflexões sobre a história, a memória e o patrimônio cultural de Santarém.

De acordo com Marcela Gomes Esteves, da Divisão de Patrimônio Histórico da Semc, a iniciativa busca aprofundar o diálogo sobre o papel da educação patrimonial como ferramenta de valorização cultural e formação cidadã.

“Esses encontros são fundamentais para fortalecer o sentimento de pertencimento e incentivar o olhar crítico sobre o patrimônio da nossa cidade. Cada espaço, cada história e cada símbolo de Santarém carrega uma memória que precisa ser reconhecida, cuidada e transmitida às novas gerações”, destacou Marcela.

Durante o encontro, o professor Luiz Laurindo ressaltou a importância de compreender a cidade a partir de suas múltiplas camadas históricas e de valorizar a atuação dos agentes públicos nesse processo.

“Estamos aqui em um espaço de fomento, de construção de ações e políticas públicas, e numa cidade que tem muita historicidade — muitas temporalidades históricas que se cruzam. Para que os agentes públicos possam pensar e atuar na cidade de diferentes formas, é fundamental que tenham essa percepção da historicidade. Caso contrário, corremos o risco de apagar memórias, de supervalorizar certos espaços e sujeitos em detrimento de outros. Esse esforço de formação pode contribuir de forma muito consistente para que os agentes públicos se enxerguem também como agentes históricos nesse processo de fomento às ações e às políticas públicas”, afirmou.

Já Graça Tapajós destacou o caráter inclusivo e reflexivo do encontro, reforçando a importância da presença e da voz dos povos indígenas na construção da memória local.

“Foi um momento importante, uma iniciativa assertiva nesse caminho da valorização e do respeito ao patrimônio cultural. Trouxemos reflexões sobre a presença indígena, que está no passado, mas também no presente. Essa visibilidade foi tratada com muito cuidado, especialmente ao falar sobre espaços sagrados, como a Praça Rodrigues dos Santos. A formação foi muito boa e acredito que quem participou vai sair com um novo olhar, uma nova compreensão sobre esses lugares que são importantes tanto para nós, povos indígenas, quanto para a sociedade em geral”, afirmou.

A primeira edição do Encontro de Formação ocorreu em julho, no Centro Cultural João Fona, e abordou os fundamentos da educação patrimonial e sua aplicação no cotidiano da gestão pública e escolar. O próximo encontro está previsto para novembro, com o tema “Legislação e Patrimônio Histórico”, dando continuidade à série de formações voltadas ao fortalecimento das políticas de preservação da memória e da identidade santarena.

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