A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) promoveu um curso gerador de renda e uma oficina para fortalecer vínculos entre as pessoas assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Nova República.
De acordo com a coordenadora do Cras Nova República Jaciara Simões, o artesanato é fonte de renda de muitas pessoas, ele alia técnica, talento e criatividade, trabalhando com materiais diversos e proporciona processo artesanal que contribui para o sustento da família.
Foi com o objetivo principal de contribuir com a renda familiar das famílias em situação de vulnerabilidade social que foi ministrado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o curso de almofadas com ponto capitonê, ministrado pela instrutora Marilene Batista Ferreira para 40 pessoas, divididas em duas turmas.
O ponto capitonê é uma técnica inglesa de confecção com efeito retrô das peças. Essa técnica consiste em pontos feitos com cordões, afundando o acolchoado de maneira assimétrica, criando formas geométricas e o resultado é sempre bastante sofisticado e elegante, trazendo um ar clássico à decoração.
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), tem o objetivo de melhorar a autoestima dos participantes, além de promover a inclusão no mercado de trabalho a partir de novas oportunidades de geração de renda.
“Esse curso foi muito bom pra mim, por ter clareado minha mente, é além do aprender, você pratica e terá mais um dinheiro que vai vir, o Cras tem abençoado não só a minha vida, mas a vida de várias mulheres que têm participado", contou Eliana Farias da Silva, 40 anos.
O outro momento foi uma oficina de cadernos e canetas decoradas, para 38 idosos, participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), ministrada pelas orientadoras Sociais Doriane Oliveira e Narieth Oliveira. O objetivo foi estimular a cognição, a socialização e fortalecer vinculo comunitários.
Luzineide da Silva, 64, anos, há 4 anos participa do Cras. “Aqui encontrei aconchego, muitas amizades queridas. A gente brinca, a gente dança, faz oficinas, eu gostei de fazer as capas de caderno e isso faz bem para a alma, pra nossa vida de nós idosos. Eu me sinto bem e sou feliz aqui e me sinto valorizada por todos aqui.”
“Me sinto maravilhada por poder participar, encerramos hoje a oficina de cadernos e canetas, a qual teve um resultado muito bonito, e é uma coisa que a gente tem necessidade de aprender para a gente melhorar o nosso conhecimento, nossa cabeça, a coordenação motora, estou com meus dedos doendo do reumatismo e participando eles vão melhorando", contou Francisca Pinheiro Portela, 66 anos, participante do centro desde 2014.
“Sabemos que com o envelhecimento ocorrem algumas dificuldades na memória, na atenção, na coordenação motora e, observando tal fato, surgiu a ideia de realizarmos esta oficina, pois ao fazer os cadernos e canetas, nossos idosos puderam desenvolver suas habilidades e criatividade, bem como, vai servir para que eles possam realizar suas anotações de horário de medicação, atividades do Cras, entre outros”, avaliou Helen Janine, psicóloga Técnica de referência dos idosos.
"Aos poucos estamos retornando com os serviços de convivência e as oficinas geradoras de renda. Entendemos o quanto estes momentos são importantes para famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social. O SCFV é uma forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais, coletivas e familiares", disse Sandra Santana, Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social.