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Setembro Amarelo: Capsi promove roda de conversa para as mães das crianças e adolescentes atendidos na unidade Autor: Agência Santarém

Setembro Amarelo: Capsi promove roda de conversa para as mães das crianças e adolescentes atendidos na unidade

Katrine Bentes
Publicado em - Atualizado
Salas de espera educativa, escutas qualificadas foram ações desenvolvidas na campanha.
Com uma roda de conversa: "Cuidando da saúde mental de quem cuida" para as mães das crianças e adolescentes atendidos na unidade, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), através do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), encerrou na manhã desta sexta-feira, 30, a programação alusiva ao Setembro Amarelo. 
A campanha impulsionou o autocuidado, a valorização da vida, a importância da saúde mental e o estímulo às atividades físicas. O evento intensificou as ações que já são desenvolvidas na unidade, além promover ações extra muro em escolas da rede estadual com rodas de conversa, salas de espera educativa, escutas qualificadas e vivências em diferentes âmbitos como o escolar e o familiar.

Nesta sexta, a  Psicóloga Priscila Rego ministrou a palestra onde explicou a importância do autocuidado, do diálogo e divisão de tarefas para os filhos. “As mães devem se dedicar, mas devem reconhecer seus limites, para que não se esgotem, elas não devem se comparar com outras mães, cada família tem uma realidade. Os filhos precisam ajudar em casa  com pequenas tarefas, para se sentirem úteis, criarem responsabilidades e limites.  Muitas mães se doam muito aos filhos e esquecem de si. Os filhos são reflexos das atitudes dos pais, eles precisam de apoio e cuidado, porém se a  mãe estiver mal psicologicamente, ela não consegue ajudar o filho", pontua.
 
O Capsi realiza frequentes encontros com os familiares das crianças que fazem acompanhamento no centro.  "Nós temos grupos terapêuticos que atendem numa segunda-feira os pais e na outra as crianças. Dessa forma, a gente pode trabalhar melhor e passar orientações para os pais. Esse trabalho conjunto permite um tratamento mais eficaz, se o Capsi faz o trabalho dele e os pais não dão seguimento no tratamento em casa, as coisas desandam", relata o coordenador do Capsi, Marlon Marinho.

Ele destaca ainda a importância da família para o bem-estar psicológico . "A saúde mental é essencial em todas as fases da vida, a adolescência é uma fase de constante descoberta e experiências adversas em que a família deve ser o suporte. Infelizmente, nós vemos que isso não está acontecendo. As crianças e adolescentes estão adoecendo por falta de atenção e de carinho, isso é muito grave e recorrente."

 Durante as ações nas escolas, a equipe multiprofissional do Capsi detectou que grande parte dos alunos apresentavam problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e ideação suicida. "Visitamos cinco escolas, turmas do 9° ano e do ensino médio e percebemos que metade da turma estava adoecida, de 30 alunos 20 estavam mal psicologicamente, esse quantitativo é alarmante", relata enfermeira Marlyara  Marinho.

Atualmente, o CAPSi tem 644 pacientes cadastrados, a maioria das crianças atendidas apresentam Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Já entre os adolescentes o quadro clínico mais comum é ideação ou tentativa de suicido, só no mês de setembro a unidade recebeu uma média de 15 a 20 casos de adolescentes com esse quadro clínico. Para conter esse cenário, o coordenador do centro explicou que irão ampliar as ações nas escolas e intensificar as ações na unidade.
 
 
 


CAPSi

O Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) é uma unidade de saúde que compõe a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), localizado na Tv. Silva Jardim,1126, Aparecida, sendo gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e coordenado pelo enfermeiro Marlon Marinho.  O equipamento público atende o público infantojuvenil, crianças e adolescentes de 02 a 17 anos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Foi inaugurado no dia 23 de junho e já realizou mais de 12.400 procedimentos. 
 
Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo foi instituído em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Assim, o dia 10 de setembro tornou-se o dia Mundial em alusão à prevenção ao suicídio. No entanto, é importante frisar que essa campanha deve ocorrer durante todo o ano. No mundo cerca de 1 milhão de suicídios ocorrem todos os anos, e no Brasil são registrados mais de 14 mil. Essa realidade, é prevalente em adolescentes, que pode ser explicada pela confusão de sentimentos que ocorre nessa faixa etária.

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