Por Ândria Almeida - jornalista HMS/UPA 24h
Devido ao período sazonal de sintomas respiratórios, que resultou em 2.238 atendimentos ao longo de 39 dias entre dezembro de 2024 e os primeiros oito dias de janeiro de 2025, a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas e o Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo tornaram obrigatório o uso de máscaras por colaboradores, acompanhantes e usuários a partir desta terça-feira, 14.
Na UPA, foram registrados 1.529 atendimentos em dezembro e 405 nos primeiros dias de janeiro. Já no hospital, contabilizaram-se 212 atendimentos em dezembro – dos quais 97 envolveram crianças – e 92 em janeiro, sendo 47 deles atendimentos pediátricos.
A enfermeira Sheila Oliveira, responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, explicou a medida.
"Sem máscaras, aumenta o risco de transmissão de germes por gotículas respiratórias. Isso facilita a disseminação de doenças, colocando em risco pacientes e profissionais. O uso de máscara é crucial para a proteção de todos".
Segundo o infectologista Dr. Alisson Brandão, o aumento de casos nesse período está relacionado à maior circulação de vírus respiratórios devido às mudanças climáticas e ao aumento de aglomerações em ambientes fechados nos festejos de final de ano.
"Esse período sazonal favorece o aumento de doenças respiratórias, como resfriados, gripes e outras infecções. É essencial proteger os mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, que são mais propensas a desenvolver complicações", explicou o especialista.
Dr. Alisson destacou a importância de medidas preventivas.
"A vacinação contra a gripe e outras doenças respiratórias é indispensável para evitar formas graves. Além disso, a higienização das mãos, a ventilação adequada de ambientes e o uso de máscara por quem apresenta sintomas respiratórios ajudam a reduzir a transmissão", afirmou. Ele também orientou sobre a hidratação como uma medida complementar para proteger as vias respiratórias.
Quanto à busca por atendimento, Dr. Alisson orientou que casos leves – como coriza, febre baixa e tosse moderada – devem ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
"A UPA é recomendada para situações de moderada gravidade que exijam avaliação rápida, enquanto o hospital municipal deve ser procurado para casos graves, como febre alta persistente, dificuldade para respirar ou cansaço extremo”, detalhou.