Os agentes de Endemias de Santarém realizaram visitas domiciliares em 20% dos bairros da cidade para fazer o primeiro Levantamento do Índice Rápido por Amostragem (Lira) de focos do mosquito Aedes aegypti de 2023. Foram inspecionados 4.378 imóveis entre os dias 9 e 13 de janeiro. O resultado registrou média de 5,12, o que representa alto risco de infestação. A ação é coordenada pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), através do Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS).
Para a realização do primeiro Lira do ano, a Vigilância em Saúde dividiu a cidade em 12 setores de fiscalização, com 12 equipes de agentes de endemias, fazendo a coleta de dados dos possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, o vetor transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.
Balanço do Lira
Dois setores estão com baixo risco de infestação, com índices de 0,84 e 0,69: distrito de Alter do Chão e a comunidade do Tabocal, respectivamente.
Quatro setores com médio risco, com índices de:
3,79 - Aldeia, Centro, Fátima, Laguinho, Liberdade, Sale e Mapiri.
3,51 - Prainha, Santa Clara, Santíssimo e Santana.
3,76 - Alvorada, Amparo, Conquista, Santarenzinho e São Cristovão.
3,96 - Aeroporto Velho, Interventoria e Jardim Santarém.
Seis setores estão com alto risco:
6,35 - Aparecida, Caranazal e Esperança.
7,82 - Elcione Barbalho, Maracanã, Residencial Salvação e Nova Vitória.
7,69 - Cambuquira, Ipanema, Matinha, Nova República e Vitória Régia.
6,03 - Floresta, Diamantino, Santo André e São Francisco.
7,52 - Livramento, Área Verde, São José Operário, Uruará e Jutaí.
4,71 - Jaderlândia, Maicá, Pérola do Maicá, Mararú, Urumari, Urumanduba e Vigia.
O Lira é realizado seis vezes ao ano, a cada dois meses, visando verificar como está a infestação do mosquito Aedes aegypti no município de Santarém. Os focos encontrados são enviados para laboratório e em seguida é feita uma avaliação classificada em baixa, média ou alta para o índice de infestação.
O primeiro Lira realizado nos últimos três anos mostra uma tendência de números elevados. Em 2021, foi registrado o índice de 3,48 e médio risco. Em 2022, o índice foi de 6,77 e alto risco. Em 2023, o índice foi de 5,12 e alto risco de infestação do mosquito Aedes aegypti.
“No inicio ano, com o período chuvoso o ritmo de proliferação do mosquito Aedes aegypti tende a aumentar, infelizmente. Para que o índice de infestação seja baixo nos próximos levantamentos precisamos do apoio da população com a limpeza das casas e terrenos. Precisa haver uma colaboração entre o poder público e a população para que possamos mudar esse cenário”, sugere o coordenador de Endemias da Semsa, Edvan Lopes.