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Após cirurgia de emergência, jogador das categorias de base do São Francisco reencontra colegas Autor: Ândria Almeida - HMS/UPA

Após cirurgia de emergência, jogador das categorias de base do São Francisco reencontra colegas

Ândria Almeida
Publicado em - Atualizado
A iniciativa partiu da equipe de humanização do hospital, que trabalha o tratamento emocional do paciente.

A paixão pelo futebol é fonte tanto de alegrias, quanto de desafios que exigem resiliência. Carlos Bernardo, capitão do time sub-17 do São Francisco, sentiu isso na pele após sofrer uma lesão durante um treino, o que o levou a passar por uma cirurgia de emergência na perna no último dia 12, no Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS). Além do desafio físico da recuperação, Carlos enfrenta a intensa falta dos campos de futebol e a saudade de seus colegas de equipe. Sensíveis à sua condição, o Grupo Técnico de Humanização (GTH) do HMS organizou uma surpresa especial: na ocasião, seus colegas de equipe e do time sub-20, onde ele também já realiza alguns treinos, o visitaram inesperadamente para animá-lo. O encontro foi realizado no espaço do grupo Mãos Amigas na Ação Social (Manas) do hospital.

A ideia da surpresa veio do supervisor de Fisioterapia do hospital, Luís Afonso, que, sensível à condição emocional de Carlos, viu uma oportunidade de amenizar a tristeza do atleta. Após um diálogo no qual Carlos contou o quanto sentia falta de sua equipe, Luis sugeriu ao GTH, do qual também faz parte, a organização da visita surpresa.

A proposta foi rapidamente aceita e colocada em prática, representando um gesto de carinho e solidariedade que vai além do tratamento médico.

"Nossa equipe de fisioterapeutas já vinha fazendo o atendimento do Carlos e ele está tendo uma recuperação muito boa. No entanto, de um dia para o outro, ele ficou bem tristinho. Conversando com ele e com a mãe, ele falou que o motivo da tristeza era saudades dos amigos do time e que em breve participaria de um campeonato. Então, organizamos esse momento para ele”, contou.

No momento da visita, Carlos era só alegria. Emocionado, ele falou do misto de sentimentos gerados pela ação.

"Foi uma surpresa muito grande quando passei pela curva do corredor. Pensei que era mais um dia normal e que ia ficar conversando com o fisioterapeuta na área externa. Não acreditei quando vi os meninos aqui. O sentimento foi de alegria, de união, de família. O time me acompanhou até aqui no dia do acidente, então só sinto alegria", contou".

O atleta, que está tendo uma boa recuperação, deixa uma mensagem de incentivo para o time e a torcida.

"Quero deixar um recado de boa sorte e reforçar que o time deve continuar sendo esse gigante aguerrido que sempre foi desde o início. Para a nossa torcida, mantenham as expectativas altas pelo São Francisco, porque ele vai ser um time que virá para competir com todos os times que vierem", destacou.

O treinador do time do São Francisco Sub-17, Laércio Guimarães, relembrou o momento do acidente e relatou que está otimista com a recuperação do jogador.

"Foi um momento muito ruim quando aconteceu o acidente. Demos toda assistência para ele, tentamos acalmar o nosso atleta. O time ficou todo aqui do lado de fora do hospital até acabar a cirurgia dele. Graças a Deus, ele está bem, e eu trouxe os meus atletas aqui para fortalecê-lo. Logo, logo ele estará recuperado”, relatou.

Para Eliene Lima, mãe do atleta, que acompanhou toda a visita, a ação trouxe um momento de conforto para o filho que ainda está abalado com o ocorrido.

"Apesar do acidente, estou feliz com a boa recuperação dele. Sempre foi o sonho dele jogar, e eu nunca imaginei que ele chegaria tão longe. Eu gostei muito dessa ação porque ele realmente estava bem para baixo, com medo de que a equipe tivesse esquecido dele. Só tenho gratidão, ele vai passar o dia todo falando disso de tão feliz que ficou", brincou.

A psicóloga e presidente do GTH, Narjara Dantas, avaliou o impacto da ação para a recuperação do paciente.

"O grupo de humanização do hospital tem essa preocupação com a saúde mental dos pacientes. Então, quando proporcionamos isso para os pacientes, como é o exemplo dessa visita, onde se vê a emoção não só do paciente, mas de todo o grupo, isso traz para o paciente o processo de cura que vem do emocional, representando uma porcentagem significativa na recuperação”, destacou.

 

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