A manhã de sexta-feira, 25, foi enriquecida em encontro entre duas gerações, com a presença dos adolescentes participantes do Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA) e as pessoas de 60+ do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Maracanã. Eles participaram de um encontro que teve como tema "O futuro é ancestral", onde foi possível analisar o ontem através de quem o viveu, comparar com o hoje e juntos discutiram ideias para o amanhã, pois a ancestralidade é mais que uma reflexão, é princípio que rompe barreiras passado de geração em geração.
De acordo com a coordenadora, Josy Mota, o CRAS Maracanã levou o tema para a comunidade, com o objetivo de estimular e garantir a participação cidadã dos adolescentes do NUCA nas questões relevantes as suas vidas e da sociedade e promoveu a oportunidade necessária para que esses adolescentes tornem-se protagonistas das melhorias e do desenvolvimento do local em que vivem.
"A roda de conversa aconteceu à beira do lago Papucu, onde os moradores mais antigos relataram seus modos de vida e características, diferentes das apresentadas atualmente no lago Papucu, bem como, a importância do mesmo, que por muito tempo foi e continua sendo o meio de vida e sustento dessas pessoas, agora, porém, apresentando muitos problemas relacionados a contaminação do lago devido aos resíduos de esgotos, falta de limpeza, entre outros. E foi muito significativo os nossos adolescentes saíram desse encontro querendo mudar o muda, levantar a bandeira da preservação e buscar salvar este lugar," contou a coordenadora.
Josy contou que em um relato antecipado de um dos idosos observou-se a preocupação com a falta de conscientização da nova geração, já que o lago é um bem histórico da comunidade, e atentos a cada palavra os jovens presentes puderam ouvir que nem sempre tudo foi do jeito que está e comprometeram-se em participar ativamente para a melhoria do lago Papucu, concluindo-se assim que ao preservar nossas heranças preserva-se a identidade do nosso povo, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.
Os adolescentes e idosos vivenciaram o momento com muita atenção e troca.
Seu João Pedro Matos, morador da região do Lago do Papucu, há 5 anos, contou que visitava o lago antes de morar no local.
"Assim como nós vimos esses jovens nascerem, eles também podem ajudar a reviver esse lago. Há muito tempo eu venho lutando para que esse lago tenha vida nova, possa respirar novamente, a gente está fazendo de tudo para ele renascer," disse seu João do grupo 60+.
Hugo Henrique, membro do NUCA contou que sempre visita o lago na companhia do pai e contou que ficou imaginando como era o local antes.
"A gente aprende muito mais com os idosos pra gente não poluir o lago e ajudar a preservar, se juntar e melhorar o lago," contou o adolescente.
"Foi emocionante demais essa interação entre idosos e jovens, sobretudo a discussão sobre a importância da preservação do meio ambiente. O que comprova a necessidade de ouvirmos mais quem já teve vivências naquele lago e que pudesse ter essa troca de experiências e plantar a necessidade da preservação do meio ambiente e juntos poder salvar aquele lago tão importante para nossa cidade," avaliou Celsa Brito, Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social.