Autor:
Ronaldo Ferreira - CCOM
A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) e das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti), realizou ação de prevenção e enfrentamento ao trabalho infantil com orientações sobre a temática para os coletores que trabalham no Aterro do Perema, nesta quinta-feira (15).
"Nós orientamos os trabalhadores do Aterro do Perema quanto a problemática do trabalho infantil e sobre outras violações de direitos. As crianças e adolescentes devem estar na escola, pois a lei garante acesso à educação, saúde e cidadania. Nessa ação, não encontramos nenhuma criança no local e isso já é um grande avanço, mas nem por isso vamos deixar de orientar e de fazer visitas rotineiras aqui e em outros pontos da cidade”, explicou Edinelson Sousa, coordenador da Aepeti.
Os coletores receberam orientações e material educativo sobre o combate ao trabalho infantil e sobre os canais de denúncia, além disso, também, foram repassadas informações sobre a importância do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI). A equipe do CRAS Urumari, também, esteve presente na ação, ofertando atendimento social, psicológico e atualização do Cadastro Único.
Roseli dos Santos, trabalha há mais de 10 anos no aterro, e esteve presente na ação.
"Acho errado trazer crianças para o aterro, porque aqui é um local muito perigoso. É importante que a Prefeitura esteja sempre orientando os novos catadores para que isso não ocorra mais”, disse.
A Cooperativa de Reciclagem de Santarém (Coopresan) atua na coleta seletiva de material reciclável como papel, pets e metais no aterro sanitário. Mayara Monteiro, atual presidente da Coopresan, recebeu a equipe do Aepeti e destacou a importância da ação.
"Considero muito importante essas orientações e tenho sempre o cuidado de repassá-las para cada nova família que entra para a cooperativa”.
"Nossas ações visam proteger as crianças e adolescentes em relação à exposição ao trabalho infantil, que pode trazer sérios riscos a vida delas. Trabalhando fora do tempo certo, elas estão pulando etapas, deixando de estudar e comprometendo o seu aprendizado”, enfatizou Celsa Brito, secretária municipal de Trabalho e Assistência Social.
