O sonho de ter água potável na torneira está próximo de se tornar realidade para 70 famílias da Comunidade Cabeça D’Onça, localizada na região de Várzea, em Santarém. A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap), iniciou recentemente a obra de construção do microssistema de abastecimento de água. O empreendimento vai proporcionar o acesso à água potável, melhorando consequentemente a qualidade de vida e saúde das famílias existentes da localidade que sofriam com a falta do líquido.
A obra está sob a responsabilidade da empresa Geonorte Serviços de Engenharia LTDA, na qual estão sendo investidos R$ 386.085,58 (trezentos e oitenta e seis mil, oitenta e cinco reais e cinquenta e oito centavos), fruto do tesouro municipal. Os serviços terão prazo de 90 dias de execução.
O empreendimento contempla a perfuração de um poço tubular profundo de 140 metros; um reservatório de 20.000L; 1.997 metros de rede de distribuição de água e 70 ligações domiciliares; o sistema também será movido a energia alternativa – fotovoltaica – (energia solar). Será instalado um sistema de energia composto por kit estrutura, painéis solares, conectores, inversor e bomba submersa, com tensão suficiente para atender a demanda da bomba trifásica.
Antônio Lucivaldo, 59 anos, Presidente da Associação de Moradores de Cabeça D’Onça, lembra da luta e destaca que o investimento vai melhorar significativamente a vida da população.
"Há décadas os moradores almejavam ter em suas residências água potável para seu consumo. A população sofria com a falta de água, principalmente, na época de estiagem. A única palavra que podemos expressar neste momento é gratidão. Queremos agradecer ao prefeito Nélio por atender com esta demanda que já era antiga, porém este panorama agora vai mudar", contou.
O titular da Semap, Bruno Costa cita o esforço da gestão em cumprir com a responsabilidade de levar saneamento básico à população ribeirinha.
“O objetivo do município é garantir saneamento básico para esta população, uma vez que os moradores não possuem nenhum sistema de abastecimento. Sem tratamento, utilizam a água barrenta do Rio Amazonas para a produção do alimento, higiene pessoal e demais atividades. Além disso, caminhavam longas distâncias para conseguir o líquido no período da vazante e precisavam filtrar a água para minimizar as impurezas. Ou seja, a construção desse sistema será um marco importante para os comunitários”, concluiu.