A 3ª Edição da Feira do Pirarucu de Manejo, realizada na Praça São Sebastião, no sábado, 12, foi considerada sucesso. Cerca de duas toneladas do maior peixe de escama de água doce do mundo foram comercializadas por pescadores e pescadoras das comunidades Santa Maria e Costa do Tapará, região de várzea. O evento foi marcado pela participação intensa de consumidores e empresários de Santarém e região.
Na terceira edição da feira, que se tornou um momento importante para aproximar o manejador da sociedade, os consumidores puderam conhecer mais sobre a prática do manejo comunitário e tiveram a oportunidade para garantir o peixe fresco, antes do período do defeso, com a certeza de que o produto tem origem sustentável.
Para o pescador, Rionaldo dos Santos, da comunidade Costa do Tapará, o esforço dos comunitários que se dedicam diariamente em vigilâncias para conservação da espécie é recompensado com o resultado da comercialização do produto de forma organizada.
“O evento foi um sucesso, nós ficamos muito felizes. A população compareceu e conseguimos vender o nosso pescado. Nossa experiência de trabalho mostra que é positivo manejar o pirarucu. Agradecemos a união de vários parceiros que fizeram com que a feira pudesse acontecer”, agradeceu.
O evento contou com o apoio da Prefeitura de Santarém, através da Secretaria de Agricultura e Pesca (Semap), Sapopema, Sebrae, Colônia de Pescadores Z-20, Ufopa, Sedap, IFPA e TNC.
O prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, esteve presente na feira. Na oportunidade, relatou que o manejo sustentável fortalece a organização coletiva dos comunitários para o controle da pesca nos lagos, e consequentemente gera renda.
“Ao longo desse período, apoiamos essa iniciativa, juntamente com o Sebrae e Sapopema, além de outras entidades. Nós acreditamos nesse trabalho que incentiva o manejo sustentável de forma comunitária e gera oportunidade de renda com esta atividade aos pescadores”, disse o prefeito.
Aos consumidores foram comercializados diferentes cortes do pirarucu, desde a miudeza, ventrecha, cortes da manta, dentre outros a um preço de R$ 12,00 a R$ 28,00.
“A intenção era essa, oportunizar meios para escoação do pirarucu produzido na região, de forma a gerar renda para as populações tradicionais e promover o entendimento do esforço que comunitários dedicam para garantir o futuro da espécie”, esclareceu Antônio José Bentes, da coordenação da Sapopema.
O titular da Semap, Bruno Costa, também participou da feira e destacou que a atividade valoriza o esforço dos comunitários que se dedicam à conservação da espécie.
“Ficamos felizes com a união de forças de diferentes instituições em prol da sustentabilidade do manejo do pirarucu na região de várzea. Isso é muito importante porque mostra a consciência ambiental das comunidades ribeirinhas, bem como o fornecimento dessa carne nobre tão importante para a economia do nosso município”, contou Costa.