Autor:
Ascom Semsa
O Programa ‘Consultório na rua’, serviço itinerante que atende pessoas em vulnerabilidade social, desenvolvido pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), foi premiado na 8ª edição do Congresso Norte/Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, promovido pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que ocorre de 3 a 5 de novembro, no Centro de Convenções, em Aracaju (SE).
O evento visa debater sobre políticas públicas para a saúde, além de proporcionar o compartilhamento de experiências entre os municípios e avaliações de cenários para garantir os avanços das redes municipais. Dos projetos exitosos do Estado do Pará, a cidade de Santarém foi premiada com o 4ª lugar pelo trabalho realizado no Programa ‘Consultório na rua’.
No evento, Santarém foi representada pela psicóloga Maelly Pantoja que se emocionou com a premiação. “É com grande alegria e satisfação que venho representar o município de Santarém, mostrando que o consultório na rua pode ajudar substancialmente os cidadãos, prestando os atendimentos in loco que extrapolam os serviços de saúde”, disse.
A titular da Semsa, Irlaine Figueira, celebra e enfatiza a importância da metodologia de trabalho do Programa. “As equipes de saúde, além de promoverem a assistência médica, trabalham o acolhimento e a reinserção da pessoa em situação de vulnerabilidade. Nos últimos três anos tivemos resultados positivos em relação aos desejos dos próprios pacientes em retornar para o seio familiar, domiciliando-os. Obtivemos 19 reinserções dos pacientes nas suas famílias, a pedido dos próprios usuários, então, essa metodologia de acolhimento tem dado muito certo”, pontuou.
Consultório na Rua
O ‘Consultório na rua’ é um programa do Ministério da Saúde que visa prestar assistência as pessoas que vivem em situação de rua expostas ao uso de substâncias psicoativas e com transtorno mental. A partir dessa realidade, oferece atenção à saúde, in loco.
No município, temos 87 usuários cadastrados, dentre eles 82% é do sexo masculino.
O programa conta com uma equipe multiprofissional, composta por enfermeiro, assistente social, psicólogo, técnico de enfermagem, técnico em saúde bucal, agente social e motorista. Trata-se, portanto, de um trabalho com um olhar diferenciado que vai além dos estigmas e reconhece cada pessoa a ser atendida, em sua particularidade.
O trabalho da equipe gira em torno da busca ativa, nas ações de redução de danos (banho, distribuição de preservativo, troca de roupas e orientação), ações externas (consulta médica, odontológica, exames laboratoriais, testes HIV/sífilis/hepatites e articulações intersetoriais) e escuta psicológica. No caso específico da vontade do paciente em retornar ao seio familiar, a psicóloga e a assistente social fazem essa mobilização paciente-família e família-paciente com visitas domiciliares, contatos telefônicos e acionamam também os equipamentos da rede, como: Centro dê Atenção Psicossocial (CAPS) AD e CAPS II, Atenção Básica, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Hospitais Públicos, Centro de Testagem e Acolhimento (CTA), Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) e entre outros.
